Mateus 11. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Sendo o A.T uma sombra do Novo Testamento, devemos compreender as mensagens tipológicas do qual Deus trata no Antigo Testamento. Sábado foi uma forma de descanso para o povo de Israel; assim, como Jesus é o verdadeiro DESCANSO para a Igreja. (Diogo Guilherme)
A realidade sobre o sábado Seria a guarda do sábado o selo de Deus nos dias atuais? Não depois da morte de Cristo. Mas os ASD dizem que sim, talvez porque seus teólogos pensem ser os melhores intérpretes da Bíblia, a ponto de se colocarem acima de Jesus e dos apóstolos. Quando foi que Jesus ensinou ou fez algum escritor inspirado do Novo Testamento escrever sobre a guarda do sábado? O Israel, segundo a carne, possuía dois selos: a guarda do sábado (Êx 31.17) e a circuncisão (Gn 17.9-14). O povo de Deus não tem, nem precisa mais desses sinais identificadores de uma nação eleita. O ensino de Paulo em Efésios 1.13 indica ser o selo de Deus, neste nosso tempo, o recebimento do EspíritoSanto (cf. 2 Tm 2.19; 1 Co 9.2; Jo 6.27; Rm 4.11). Portanto, até onde a Bíblia nos permite, as maiores bases dos ASD acerca da guarda do sábado móstram-se verdadeiras falácias em revelia à Escritura.
Sendo o A.T uma sombra do Novo Testamento, devemos compreender as mensagens tipológicas do qual Deus trata no Antigo Testamento. Sábado foi uma forma de descanso para o povo de Israel; assim, como Jesus é o verdadeiro DESCANSO para a Igreja. (Diogo Guilherme)
A realidade sobre o sábado Seria a guarda do sábado o selo de Deus nos dias atuais? Não depois da morte de Cristo. Mas os ASD dizem que sim, talvez porque seus teólogos pensem ser os melhores intérpretes da Bíblia, a ponto de se colocarem acima de Jesus e dos apóstolos. Quando foi que Jesus ensinou ou fez algum escritor inspirado do Novo Testamento escrever sobre a guarda do sábado? O Israel, segundo a carne, possuía dois selos: a guarda do sábado (Êx 31.17) e a circuncisão (Gn 17.9-14). O povo de Deus não tem, nem precisa mais desses sinais identificadores de uma nação eleita. O ensino de Paulo em Efésios 1.13 indica ser o selo de Deus, neste nosso tempo, o recebimento do EspíritoSanto (cf. 2 Tm 2.19; 1 Co 9.2; Jo 6.27; Rm 4.11). Portanto, até onde a Bíblia nos permite, as maiores bases dos ASD acerca da guarda do sábado móstram-se verdadeiras falácias em revelia à Escritura.
IX - PASSAGENS BÍBLICAS USADAS
COMO FONTES DE DOUTRINA
1. Gênesis 26.5
"Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado,
os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis".
Exame bíblico:
O texto não diz que esses "preceitos", "estatutos" e "leis" são
os Dez Mandamentos (entre os quais se acha o sábado), mesmo
porque a Lei só foi dada 430 anos depois de Abraão (Gl 3.17).
Vejamos alguns dos preceitos e estatutos dados por Deus a
Abraão:
a) que saísse de sua terra (Gn 12.1); a) que andasse na presença de Deus e fosse perfeito (Gn
17.1,2); a) que guardasse o Concerto da circuncisão (Gn 17.9-
11) ; d) que ouvisse Sara, sua mulher, para deitar fora sua serva
(Gn 21.12);
d) que sacrificasse seu filho Isaque (Gn 22.2);
e) que habitasse na terra que Deus ordenara (Gn 26.2,3).
2. Êxodo 16.22-30
Esta passagem mostra que a Israel foi ordenado guardar o
sétimo dia, não colhendo o maná. Tal ordenação foi dada antes
do povo chegar ao Sinai, onde veio a ser escrito o Decálogo. Os
ASD alegam que, como o sábado foi dado antes do Sinai, a
obrigação de guardá-lo existe desde o princípio do mundo. Ora,
antes do Sinai não significa necessariamente "desde o princípio
do mundo".
Exame bíblico:
a) Deus, que tirou Israel do Egito, começou a educá-lo,
dando-lhe sua Lei (Êx 16.4);
b) o v. 5 revela como Deus dá instrução a Moisés para
ordenar ao povo que colha o dobro do maná no sexto dia, para
não ter de fazê-lo no sétimo;
c) em Êxodo 15.25, quando o povo se achava em Mara, no
deserto, se diz que Deus "ali lhes deu estatutos e uma
ordenação" - não foi no princípio do mundo;
d) em Êxodo 20.10-12, Deus diz que tirou Israel do Egito e
lhe deu (não restaurou) o sábado como sinal (entre Deus e
Israel). Quando? Quando os tirou do Egito (v. 10); Onde? No
deserto (v. 11). Além da menção à data e local de entrega da Lei,
neste texto temos a indicação do povo a quem foi dada;
e) Deuteronômio 5.15 diz que Deus ordenou a guarda do
sábado em memória da libertação do povo do Egito. Isso mostra
que a guarda do sábado é exclusivamente judaica (SI 47.19,20).
3. Êxodo 20.1-17
O Decálogo ("lei moral"). Afirmam que é perfeito e superior
ao resto da Lei de Moisés, também chamada de "lei cerimonial".
Exame bíblico:
Os Dez Mandamentos não foram escritos em pedras por
serem superiores aos outros, mas para servir de testemunho
visível do Concerto de Deus com Israel. Por isso as duas tábuas
de pedra são chamadas de:
a) Tábuas do Testemunho (Êx 31.18);
b) a arca na qual foram postas, Arca do Testemunho (Êx
40.5);
c) o tabernáculo onde se guardava a arca, Tabernáculo
do Testemunho (Êx 38.21);
d) era costume, naquele tempo, constituir-se uma
testemunha visível para comprovar qualquer acontecimento
solene (Gn 28.18; 21.27-30); assim fez Deus com Israel.
Seria muito difícil - para não dizer impossível - escrever em
pedra e transportar pelo deserto todo o Pentateuco;
e) o Decálogo não é completo, nem o veículo exclusivo
da vontade de Deus, uma vez que não proíbe a bebedice, a
ingratidão, a ira, a depravação etc.
4. Êxodo 31.12-18
Esta passagem diz que o sábado é um concerto perpétuo e
um sinal entre Deus e os filhos de Israel. Sendo perpétuo, dizem,
ainda está em vigor.
Exame bíblico:
Se somos obrigados a guardar o sábado pelo simples fato de
ser denominado "estatuto perpétuo", então somos obrigados
também a:
a) guardar a Páscoa - estatuto perpétuo (Êx 12.14);
b) lavar cerimonialmente as mãos e os pés - estatuto
perpétuo (Êx 30.17-21);
c) celebrar as festas judaicas - estatuto perpétuo (Lv
23.41);
d) subordinar-nos ao sacerdócio aarônico - estatuto perpétuo
(Nm 25.13).
5. Deuteronômio 31.24-26
A Lei escrita por Moisés, o Pentateuco (menos o Decálogo,
que foi escrito por Deus), foi posta "ao lado da arca do concerto
do Senhor, vosso Deus..." O arrazoado que fazem é que, sendo
esta a Lei posta ao lado da arca, difere da colocada dentro. A de
dentro é moral (o Decálogo), e a do lado de fora, cerimonial.
Exame bíblico:
A Lei é uma só. Mesmo aquela chamada "cerimonial" pelos
ASD contém preceitos morais. Basta ler Êxodo 22.21-22;
Levítico 19.2,16,18; Deuteronômio 16.19; 18.13; Êxodo 23.2.
Que parte da Lei foi considerada mais importante por Jesus? (cf.
Mt 22.36-40) O primeiro mandamento (pela ordem de
importância) é citado em Deuteronômio 6.5 e o segundo em
Levítico 19.18. Destes depende toda a Lei, portanto o Decálogo
é dependente deles. Se fosse válida a divisão da Lei em duas,
feita pelos ASD, hoje — como já mencionamos - estaríamos
desobrigados de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos, visto que tais mandamentos não fazem
parte do Decálogo e, sim, da Lei que Moisés escreveu e colocou
ao lado da arca.
6. Salmos 19.7
"A lei do Senhor é perfeita". Dizem que esta referência é
feita à lei moral, contida no Decálogo, que é perfeito e, portanto,
imutável.
Exame bíblico:
De tudo o que foi dito, podemos considerar que a grande
falácia nos seus argumentos está no fato de admitirem que "Lei"
seja apenas o Decálogo. Quando Davi fala da "Lei", nos Salmos,
sempre se refere à Lei de Moisés, porque ele, como rei, era
obrigado a ter uma cópia dela e lê-la diariamente (Dt 17.15-19).
Assim, Salmos 19.7 e textos isolados do Salmo 119, sempre
citados pelos ASD, não se referem ao Decálogo somente, mas
"em tudo", a "todos os preceitos..." (SI 119.128). A mesma
explicação se deve dar em relação às citações de Provérbios 28.9
e Eclesiastes 12.13,14, pois quem escreveu tais livros foi
Salomão, também monarca de Israel.
7. Isaías 56.1-7
Esta passagem é citada para provar que os crentes gentílicos
são obrigados a guardar o sábado, pois faz referência "aos filhos
dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor..." (v. 6).
Exame bíblico:
Se essa passagem prova que os gentios devem guardar o
sábado, da mesma maneira prova que devem guardar todo o
Concerto que Deus fez com Israel, oferecendo holocaustos e
sacrifícios no altar, no Santo Monte, em Jerusalém (v. 7).
8. Isaías 66.22,23
"Porque, como os céus novos e a terra nova que hei de fazer
estarão diante de minha face... E será que, desde uma Festa da
Lua Nova até à outra e desde um sábado até ao outro, virá toda
carne a adorar perante mim, diz o Senhor".
Os ASD não hesitam em aplicar esta promessa a si mesmos e
a seus esforços para que todos guardem o sábado, pois creem
que esse será o dia de guarda no futuro.
Exame bíblico:
Se o texto supramencionado prova que o sábado é perpétuo e
que deve ser guardado ainda hoje, também prova que a festa
judaica da Lua Nova é igualmente perpétua e que deve ser
observada nos nossos dias por todas as pessoas. Por um motivo
que não se pode atinar, os ASD guardam o sábado, mas
descumprem a Lua Nova...
9. Mateus 5.17,18
"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim
ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que
o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei
sem que tudo seja cumprido". Logo, afirmam, o sábado deve ser
guardado, pois nenhuma parte da Lei (para eles, o Decálogo)
pode ser omitida.
Vejamos:
Exame bíblico:
Por um lado, esta passagem não diz que cada "jota" ou "til"
da Lei permanecerá até que o céu e a Terra passem, mas até "que
tudo seja cumprido!" É o que se lê em Lucas 16.16,17: "A lei e
os profetas duraram até João..." Ora, tanto um texto quanto outro
dão conta da transitoriedade da Lei - mas ela só passará depois
de seu integral cumprimento. Visto que Jesus veio cumpri-la —
e ele não falhou -, a Lei já passou. Jesus não fez referência a
uma duração perpétua da Lei, mas ao seu completo
cumprimento (Lc 24.44; At 13.29; Rm 10.4; Cl 2.14-16).
Por outro, a Lei mencionada por Jesus no cap. 5 de Mateus
não é só o Decálogo, mas toda a Lei, como vemos:
a) refere-se a três mandamentos do Decálogo: o sexto (v.
21); o sétimo (v. 27) e o terceiro (v. 33);
b) e também a outros, fora do Decálogo: v. 38 - "olho por
olho" (cf. Êx 21.24; Lv 24.20); v. 43 - "amar o próximo e
aborrecer o inimigo" (cf. Lv 19.18; Dt 23.6);
c) Jesus, quando fala da Lei, refere-se a todo o Pentateuco -
Gênesis a Deuteronômio (Mt 7.12; 11.13; 22.40; Lc 16.29-31).
Ele veio cumprir toda a Lei, inclusive o Decálogo, e o fez plena
e definitivamente. Nada mais há que nos obrigue à sua guarda.
10. Mateus 19.16-22
"Guarda os mandamentos", manda Jesus ao moço rico.
Baseados nesta passagem os ASD dizem que Jesus ensinou a
guardar os Dez Mandamentos e, como o sábado é um deles,
temos a obrigação de guardá-lo.
Exame bíblico:
a) é digno de nota que Jesus omite o sábado;
b) Jesus citou outros mandamentos fora do Decálogo;
c) se somos obrigados a guardar todo o Decálogo
porque Jesus citou apenas cinco mandamentos, então somos
obrigados a guardar toda a Lei de Moisés, porque Jesus
também citou mandamentos fora da chamada "Lei de
Moisés" onde se encontram os seguintes: "Amarás o teu
próximo como a ti mesmo" (Mt 19.19), que não faz parte do
Decálogo (Lv 19.18) e: "Não defraudarás alguém" (Mc
10.19), que se acha em Levítico 19.13.
Se uma parte abrange o todo, certamente os ASD pecam
contra sua própria argumentação, porque não guardam a "Lei de
Moisés" onde se encontram os dois citados mandamentos, fora
do Decálogo.
11. Marcos 2.28
"Assim, o Filho do Homem até do sábado é Senhor". Os
ASD empregam este texto para provar que o sábado é o dia do
Senhor.
Exame bíblico:
Cristo não diz que o sábado é seu dia, senão que Ele é o
Senhor do sábado. Sua intenção foi mostrar que o Filho do
Homem era superior ao sábado. O sábado fora dado para atender
às necessidades do homem - quais sejam: descanso, inspiração e
mesmo lazer. Logo, Jesus, como Filho de Deus e conhecedor
dos propósitos da Lei, pôde inocentar seus discípulos da
acusação que lhes faziam os líderes judaicos: a de colher espigas
nesse dia. O sábado veio a ser criado em função do homem, e
não o homem por causa do sábado, de modo que este não podia
servir de pretexto a uma negligência amorosa para com o
próximo.
12. João 3.13
"Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o
Filho do homem, que está no céu". Mencionam este texto como
prova do sono da alma no intervalo entre a morte e a
ressurreição.
Exame bíblico:
O trecho refere-se à conversa entre Jesus e Nicodemos, na
qual Jesus lhe faz ver a necessidade do Novo Nascimento para
entrar no Reino de Deus. Este ensino produziu admiração em
Nicodemos a ponto de não poder aceitá-lo (Jo 3.7,9,11). Então,
no v. 12, Jesus diz: "Se vos falei de coisas terrestres [o novo
nascimento] e não crestes, como crereis, se vos falar das
celestiais?" (as coisas que o olho não viu, 1 Co 2.9). Ora, claro
está que Jesus não falava da morte das pessoas nem do estado da
alma após a morte, mas das verdades espirituais que só podiam
ser discernidas mediante o Espírito. O conhecimento destas
coisas, frisou, não dependia de alguém ter subido ao céu, senão
dEle próprio - sua origem, motivo e propósito eram o céu. Sendo
assim, era um legítimo representante do céu (de Deus) entre os
homens, e podia dizer: "Sabemos e testificamos o que vimos" (v.
11). Confira Gênesis 5.24 e 2 Reis 2.11, onde se declara que
Enoque e Elias foram ao céu, sem provar a morte.
13. Atos 13.14; 18.4
"...e entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaramse.
E todos os sábados disputava na sinagoga e convencia a
judeus e a gregos". Os ASD, numa interpretação toda
tendenciosa, dizem que Paulo guardava o sábado.
Exame bíblico:
a) Paulo foi criado em observância a toda a Lei (At 23.3);
b) seu grande desejo era ganhar os judeus (Rm 9.3,4; 1 Co
9.20-23);
c) circuncidou a Timóteo (At 16.3), mas deixou claro (1 Co
7.19) que a circuncisão nada é;
d) observou o dia de Pentecostes (At 20.16);
e) tosquiou a cabeça em sinal de voto (At 18.18);
f) fez ofertas segundo a Lei (At 21.26).
Não obstante, ensinou que os preceitos da Lei haviam sido
abolidos e que ninguém precisava guardá-los (Cl 2.16).
Sua presença na sinagoga (bem como a prática de outros
preceitos legais), pois, atendia a um objetivo evangelístico -
convencer os judeus de que Jesus era o prometido Messias e
que, por isso, a Lei dera lugar à graça. Valera-se, assim, do
grande número de judeus que se congregavam nas sinagogas
para lhes apresentar aquele de quem falavam a Lei e os Profetas
- Jesus Cristo.
14. Romanos 3.31
"Anulamos, pois, a lei pela fé?" Dizem os ASD que a Lei
consubstanciada nos Dez Mandamentos não é abolida pela fé,
mas estabelecida. O sábado faz parte dela e por isso somos
obrigados a guardá-lo.
Exame bíblico:
a) Nada há no texto ou no contexto que se refira ao
Decálogo.
b) Paulo está argumentando que ninguém jamais guardou a
Lei (os preceitos do Pentateuco); esclarece, em função disso, que
ninguém será justificado pelas obras da Lei (Rm 3.28), mas
todos podem sê-lo mediante a fé (Rm 5.1). Antecipa que, desde
que ele se subordinava à "lei da fé" icf. Rm 3.27,31), ninguém
poderia taxá-lo de homem sem lei (v. 31). Assim, a fé e não as
obras, como a guarda do sábado, tinham o poder de justificar.
Ele não hesitou em afirmar que a Lei fora abolida (Rm 10.4; 2
Co 3.14; Cl 2.14-16). Usando outra metáfora, diz que para com
Deus não estava sem lei, mas debaixo da "lei de Cristo" (1 Co
9.21). Em seguida, dá o veredito: "estais mortos para a lei...
agora, estamos livres da lei... para que sirvamos em novidade de
espírito, e não na velhice da letra" (Rm 7.4-6).
15. Romanos 6.14
"O pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais
debaixo da lei, mas debaixo da graça". Os ASD dizem que estar
"debaixo da lei", é estar sob a condenação da lei, uma vez
transgredida.
Exame bíblico:
A princípio, se estar debaixo da Lei significa estar sob
condenação, que dizer sobre o estar debaixo da graça, visto que
esta também tem suas exigências? (Tt 2.1-12; Hb 10.28,29) A
subordinação cega à Lei é em si condenação à medida em que
estimula a aparência de piedade e camufla a real condição
humana de pecado.
Além disso, se estar sob a Lei significa estar condenado, que
dizer de Jesus? Afinal, consta na Bíblia dele ter "nascido sob a
lei" (Gl 4.4).
16. Romanos 7.12
"Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom".
Ainda achando que se refere ao Decálogo, visto que no v. 7 há
uma referência a ele, os ASD arrazoam que o mesmo não foi
abolido. Reforçando seu argumento dizem que Paulo, além do
que disse, reconhece ser a Lei espiritual (v. 14) e declara ter
prazer nela (v. 22). No parecer deles, o posicionamento de Paulo
ressalta a validade da Lei do modo como é expressa nos Dez
Mandamentos.
Exame bíblico:
Paulo, pouco antes, diz com inequívoca ênfase que já não
estamos debaixo da Lei (Rm 6.14). Queria dizer com isso, longe
de qualquer peso de condenação, que não estamos mais sujeitos
às suas ordenanças, uma vez que Cristo as cumpriu por nós.
Estabelece, no cap. 7, a analogia da mulher que está sujeita ao
marido enquanto este vive (v. 2). Morto o marido, fica livre a
mulher e pode se casar novamente. Assim, a lei do marido pode
ser santa, justa e boa, mas só vigora enquanto ele vive. A Lei
nunca deixou de ser santa, justa e boa, mas sendo abolida, deu
lugar à graça. A graça é que nos permite estar em Cristo e
ostentar nEle o cumprimento integral da Lei.
17. Hebreus 4.3-11
"Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E
repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia" (v. 4). E
evidente que o repouso de que se trata aqui não é o do sábado
indicado no quarto mandamento, mas o repouso vindouro:
"Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus" (v. 9).
Exame bíblico:
a) Deus repousou depois de haver criado o mundo;
b) os profetas falaram de antemão de um "outro dia" (SI
118.24) em vez do sétimo, para comemorar o repouso maior
que se seguiria a uma obra maior do que a criação;
c) a este repouso maior, Josué nunca pôde guiar o povo
judeu (v. 8);
d) Jesus, havendo terminado sua obra de redenção na
cruz (Jo 19.30), repousou Ele mesmo no primeiro dia da
semana (Mc 16.9), como Deus havia repousado na criação;
e) na cruz, foi abolido o sábado (Os 2.11; comp. Cl :.14-
17);
f) portanto, enquanto se processa o glorioso plano salvífico
de Deus, cumpre aguardar um descanso longe da corrupção que
destrói (Mq 2.10; Mt 11.28-30);
g) foi necessário esclarecer ao judeu - para quem o sábado
era uma glória - que há um dia de descanso reservado para o
povo de Deus, um sábado espiritual, muito superior em glória ao
seu Shabbat (Ap 1.10; SI 118.22-24).
18. Tiago 2.8-12
"Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só
ponto, tornou-se culpado de todos" (v. 10). Dizem os ASD que,
como Tiago cita dois dos Dez Mandamentos ("não cometerás
adultério" e "não matarás", v. 11), logo, a lei de que fala é o
Decálogo.
Exame bíblico:
Na verdade Tiago está reprovando o pecado da acepção de
pessoas, que é transgressão da lei real (Lvl9.18): "Todavia, se
cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu
próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção
de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como
transgressores" (vv. 9 e 10). A lei de que fala Tiago ("a lei real")
inclui a expressão na forma do Decálogo, mas não se encerra
com ele, percorrendo tudo o que Moisés ordenou e ainda mais.
A lei real estava muito além das mostras e especificações
previstas na letra, pois de nada adianta uma conduta legalista à
parte do amor.
Ora, o espírito da Lei é o amor (cf. Rm 13.8-10): "Quem ama
cumpriu a lei" (v .8). Se todos os preceitos da Lei que representa
o Antigo Concerto tivessem de ser observados hoje, na forma
como foram então registrados, os ASD seriam seus maiores
transgressores, pois não sacrificam animais, não guardam as
festas, nem praticam a circuncisão. Quem não cumpre todas as
coisas que estão na Lei, é dela transgressor (cf. Gl 3.10). E quem
pode satisfazer à justiça de Deus pelas obras da Lei?
19. 1 João 2.3-6
"E nisto sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus
mandamentos" (v. 3). Sem atentar para o principal mandamento
(o amor a Deus e ao próximo), dizem que aquele que não guarda
o sábado (um dos Dez Mandamentos) é mentiroso. Ora,
mentiroso e hipócrita é quem, no sábado, acorrentado à letra da
Lei, deixa de exercer a misericórdia; este de fato não viu a Deus
nem o conheceu.
Exame bíblico:
Os mandamentos a que se refere João é mesmo o Decálogo?
E incrível como conseguem afirmar isso em todos os seus
argumentos, mas onde está escrito que o sejam? Apenas
presumem isso, e por essa presunção ousam chamar de
mentirosos todos quantos não rezam segundo a sua cartilha. Nos
versículos 1 e 2, vemos que João fala de Cristo, e o pronome
possessivo "seus" refere-se a Jesus e aos seus mandamentos —
não consta haver menção ao Decálogo (Jo 13.34; 15.12; 1 Jo
3.23; 4.21; 2 Jo 5).
Encontramos no Novo Testamento muitas ordenanças
chamadas de "mandamentos", entre eles os dois grandes
mandamentos (Mt 22.36-49). Os preceitos de Cristo são
igualmente chamados "mandamentos do Senhor" (1 Co 14.37; 1
Ts 4.2; 2 Pe 3.2). Logo, não só a referência de João não é à Lei
antiga, abolida por Jesus. Ele próprio nunca mandou guardar o
sábado. Ao contrário, a não observância por Jesus do sétimo dia,
segundo a opinião dos judeus, é que lhe trouxe perseguição e
morte (Mt 12.1-3; Jo 5.16; 18.9-16).
Não há como negar terem os ASD cometido erros graves,
desde a fixação equivocada de uma data para a volta de Jesus,
passando por concepções erradas acerca de assuntos escatológicos,
como o número da besta, por exemplo, atribuído ao
Papa, até à observância nada coerente do sábado, numa flagrante
prova de legalismo sectário. Não apenas os cometem, mas são
vítimas de seus próprios erros. Nosso dever é esclarecê-los
sempre que possível, mostrar-lhes o caminho da salvação pela
graça e, permanecendo recalcitrantes, não comungar e nem
permitir vinculações com suas formas de culto e adoração, as
quais, corrompendo a muitos, os afastam do Evangelho
verdadeiro.
BIBLIOGRAFIA
Por ordem de citação neste capítulo:
Administração da Igreja Fundadores da
Mensagem Subtilezas do Erro Mensagens
Escolhidas Primeiros Escritos
A Orientação Profética do Movimento Adventista
O Conflito dos Séculos
Meditações Matinais
O Ritual do Santuário
Estudos Bíblicos
Leis em Contraste
Por que se Guarda o Domingo?
Outras obras sobre o adventismo:
Obs.: A sugestão abaixo é apenas uma lista de consulta. O
fato de uma obra estar incluída não significa que os autores
asseguram a precisão do seu conteúdo, nem que haja
recomendação implícita de outras obras do mesmo autor ou
editora. Algumas estão esgotadas, podendo ser encontradas em
sebos e bibliotecas.
Obras Evangélicas:
O Sabatismo à Luz da Palavra de Deus, R. Pitrowshy, Rio
de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1967. O Abalo do Adventista, Geoffrey Paxton, Rio de Janeiro,
JUERP, 1983.
O Adventista, Ubaldo Torres Araújo, Águas de Prata, SP,
Novo Despertar, 1981.
Igreja de Vidro, Ubaldo Torres Araújo, Águas de Prata, SP,
Novo Despertar, 1983.
Pecador Eu Sou. Transgressor, Não, Ubaldo Torres Araújo,
Águas de Prata, SP, Novo Despertar, 1983.
O Sábado, a Lei e a Graça, Abraão de Almeida, Rio de
Janeiro, CPAD, 1980.
Que é Adventismo, José Pio da Paz, Rio de Janeiro, 1976.
A Guarda do Sábado, Aníbal Pereira Reis, São Paulo,
Edições Caminho de Damasco.
Os Cristãos Devem Guardar o Sábado? Roger E. Dickson,
1978.
Cristianismo ou Sabatismo? H.E. Alexander, São Paulo,
Casa da Bíblia.
Trinta Razões Porque Não Guardo o Sábado, Amilto Justus,
Edições Vale da Bênção.
Será Que o Cristão Deve Guardar o Sábado? E.D. Harris,
Ourinhos, Edições Cristãs, 1986.
Que É Adventismo do Sétimo Dia? Roland H. A. Seboldt,
Porto Alegre, 1970.
O Sabatismo, Adrião Bernardes, São Paulo, Ordem dos
Pastores, 1961.
Porque Saí do Adventismo do Sétimo Dia, Rio de Janeiro,
Casa Publicadora Batista, 1984.
FONTE: Desmascarando as Seitas.../Natanael Rinaldi
e e Paulo Romeiro
1 ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das
Assembléias de Deus, 1996.
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