sábado, 28 de março de 2015

O TRONO E A VARA



Geziel GomesPASTOR  GESIEL GOMES
À medida que vamos lendo o livro de Êxodo nos deparamos com dois elementos de grande importância, os quais despertam nossa atenção por suas características.
Estou naturalmente me referindo a uma vara e a um trono, usados por duas distintas pessoas, cujas características são diametralmente opostas e jamais passíveis de conciliação.
O trono pertence ao faraó do Egito. A vara é usada por Moisés.
Como de todos é sabido, faraó não identifica uma pessoa e sim uma posição. Dava-se tal nome aos antigos imperadores egípcios.
Durante séculos o Egito experimentou um período de esplendor e glória, de tal sorte que os faraós eram tidos e adorados como deuses.
Ainda hoje turistas do mundo inteiro fazem longas viagens a fim de conhecer o que resta daquele famoso império. O cartão postal, sem dúvida, são as pirâmides, notadamente as de Quéops, Quefrem e Miquerinos.
Moisés nasceu em uma época de profunda adversidade para o povo judeu. Ele sobreviveu graças a uma sucessão de milagres, que foram operados por Deus por Sua soberana providência e por Seu reconhecimento da intensa fé vivida pelos pais de Moisés, Anrão e Joquebede, Ex 6.20; 2.1-10; Hb 11. 23.
Os historiadores nos dão conta do fausto e da suntuosidade, tanto do palácio do faraó quanto de seu trono em particular.
Faraó em seu trono postava-se como um deus e atribuía a si o direito de vida e/ou morte.
Na simbologia bíblica o Egito significa o mundo sem Deus e o faraó é um símbolo do próprio Satanás.
Após haver vivido quarenta anos no Egito, Moisés decide, por iniciativa própria, iniciar o movimento de libertação dos judeus e experimentou um extraordinário fracasso, de sorte que sair ás pressas, fugindo para bem distante, até alcançar a terra de Madian, onde encontrou guarida e constituiu família.
Aquilo que sob uma perspectiva puramente humana foi o maior de todos os fiascos, na verdade estava sob os cuidados de Deus, que tinha um plano diferente e específico para Moisés.
Os métodos humanos não costumam coincidir com os divinos.
Quando Moisés fugiu do Egito estava com quarenta anos e quando Deus o chamou para libertar Israel, já contava oitenta. Deus não depende nem de tempo, nem de espaço, nem de distância.
Deus comissionou Moisés enquanto a sarça ardia (Ex 3) e em seguida lhe ordenou que tomasse em suas mão a vara de pastor, que veio a se tornar o seu grande instrumento ao longo dos próximos anos.
Aquela vara passou a se identificar com o sobrenatural de Deus e com a autoridade pessoal de Moisés.
Faraó tinha um trono e Moisés uma vara. Esta tinha um alto valor, mas não tinha preço. Aquela, tinha um altíssimo preço mas diante de Deus não tinha valor.
Sentado em seu trono, o faraó quis impressionar a Deus, mas não conseguiu. Diante do faraó Deus o impressionou várias vezes, com a vara na mão de Moisés.
O trono de faraó era o trono da ostentação. A vara de Moises era a vara da autoridade.
Passados milhares de anos a história se repete. Existem os líderes que possuem trono, sem autoridade. E há os que em um trono jamais se sentaram, mas usam uma vara com a qual fazem milagres, em nome do Senhor.
Existem líderes que impressionam pelo trono.
Existem outros que triunfam pela vara.
Todo trono é cercado de opulência. Toda vara tem a marca da humildade.
A Igreja do Senhor não depende de tronos, e sim de varas. Varas que florescem, como a de Arão e que abrem o mar, como a de Moisés.
Os tronos ostentam, as varas triunfam.
Os tronos apontam para baixo, as varas para cima.
Os que se sentam no trono se inclinam a receber adoração, como os faraós, enquanto os adoradores se postam sobre sua vara, como Jacó, Hb 11.21.
Os que se sentam no trono esperam que os seus súditos lhes tragam as oferendas. Os que usam apenas a vara abençoam os que estão à sua volta, Hb 11.21.
Acreditamos em um poderoso Avivamento para a Igreja, antes da volta de Cristo.
Certamente não será um Avivamento de tronos, mas de varas. Não será de esplendor humano, mas de autoridade divina. Não será um Avivamento voltado para as pirâmides, mas para o Calvário, onde a Grande Vara, a Cruz, recebe o Salvador de todos nós para o derramamento do sangue que redime e resgata, purifica e reconcilia, salva e perdoa, o sangue que tem comprado para o Pai homens de todas as raças, tribos, línguas e nações, Ap 7.9. 
Aqueles que, como os faraós do Egito, somente dependeram do trono, no futuro enfrentarão o Juiz que esmigalhará os ímpios com uma vara.
Aqueles que, como Moisés, não se separaram da vara, mas lutaram e venceram, receberão do Salvador maravilhoso o direito de com Ele se sentarem no Seu TRONO, Ap 3.21.
Você, dileto leitor, está em busca de um trono ou de uma vara?

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